A terra precisa de descanso e os homens precisam de liberdade
Leia: Levítico 25
A Bíblia é realmente impressionante! Nela, conseguimos encontrar respostas para diversos questionamentos do cotidiano. Ela é o “manual” da nossa vida e, se for seguida à risca, produz paz e segurança (18).
Esse capítulo fala principalmente sobre dois assuntos: a necessidade de descanso da terra e o direito humano de liberdade.
O sétimo ano era considerado o sábado da terra (2-7). Depois de ter produzido bastante por seis anos, a terra deveria descansar. Esse descanso é necessário para que se mantenha a fecundidade do solo e se evite o desgaste total dos recursos minerais necessários à vida vegetal. Deus já sabia disso, muito antes dos engenheiros agrônomos. Essa medida, além de proteger a terra, servia também como um teste para a humanidade: os homens tinham que abrir mão da ganância e precisavam entregar seu sustento nas mãos de Deus, que prometeu não deixar faltar comida (19-22).
A cada 49 anos, haveria o chamado Ano da Libertação: israelitas que se venderam como escravos por conta de dívidas seriam considerados libertos pelos seus senhores. Além disso, as terras que tinham sido vendidas seriam restituídas ao primeiro dono (8-17). E nessa ordem de Deus, podemos enxergar Sua sabedoria:
- Nos contratos de compra e venda, o valor dos imóveis seria baseado em quantas colheitas a terra ainda produziria antes do próximo Ano da Libertação (15-16;27).
- Deus é o verdadeiro dono da terra, e nós somos estrangeiros aqui (23).
- Os escravos deveriam ser tratados com respeito (42-43).
As bênçãos... e as maldições
Leia: Levítico 26
Se você olhar com atenção, vai perceber que a parte que fala das consequencias dos pecados do povo de Israel é bem maior que aquela que fala sobre os benefícios da obediência. Em geral, somos muito inconsequentes: nossas decisões se baseiam mais no prazer a curto prazo. Por outro lado, sem uma definição clara dos problemas advindos de uma má decisão, estaríamos todos entregues à bagunça total. Essa busca visceral do ser humano pela satisfação pessoal egoísta, aliada à ausência de limites, nos levaria a um período de trevas, parecido com aqueles em que viveu Noé. Acredito que, por esta razão, Deus gasta muito mais palavras mostrando os malefícios da desobediência. É uma forma de desencorajar a maldade. A impunidade, como dizia Cícero, é o maior estímulo para os crimes.
A instituição do dízimo
Leia: Levítico 27
Nós já conversamos sobre o primeiro dizimista, Abraão, que deu a décima parte de tudo o que tinha ganho a Melquisedeque, homem de Deus. Agora, Deus dá uma lei acerca de tudo o que é produzido e criado na terra (30-33). Veja, os sacerdotes eram sustentados pelas ofertas e sacrifícios oferecidos a Deus. Este era o trabalho dos levitas. Enquanto todo o povo poderia produzir, comercializar e empreender, os levitas tinham como missão cuidar da Tenda Sagrada. Eu acredito que o dízimo, como conhecido no Velho Testamento, foi substituído pelas ofertas de amor. Dar 10% certinho nunca foi a intenção do Senhor a respeito do dízimo. O grande erro a respeito do dízimo é que as pessoas encaram como um “imposto”, como um pagamento. E isso não é verdade. A terra, os alimentos, o gado, e até as pessoas... tudo pertence a Deus. Quando ofertamos, reconhecemos que tudo é dEle, e para Ele deve ser usado. Deus é o dono... Ele apenas nos permite usufruir das coisas que são dEle... Você não está “pagando” pra Deus. Pelo contrário: foi Ele quem te deu tudo. As ofertas são apenas uma maneira de “devolver” a Deus, como forma de agradecimento, as bênçãos recebidas.
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