domingo, 16 de janeiro de 2011

Dia 016: Gênesis 45-47


São tantas emoções...

José não se conteve. Após um bom tempo fazendo teatrinho e disciplinando os irmãos, ele finalmente revelou sua verdadeira identidade. E chorou tão emocionado, que todo o Egito ficou sabendo (1-4).

Em nenhuma passagem, a Bíblia mostra que José tenha ficado magoado ou com raiva dos irmãos pelo que fizeram com ele. Mas eu acho que, somente com o tempo, José entendeu realmente a razão para todo aquele sofrimento. E vale muito a pena transcrever aqui o verso 5: "Agora não fiquem tristes nem aborrecidos com vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês." José não só já havia perdoado completamente seus irmãos, como se preocupava com o bem-estar deles, inclusive tirando o peso da consciência e livrando-os da culpa pela maldade de anos atrás (7-8)! José se tornou um especialista em enxergar a mão de Deus em tudo o que acontecia com ele. Das grandes qualidades de José, essa é a minha preferida! Assim como a fé de Abraão é a mais celebrada, mas eu gosto mais da sua humildade; ainda que a integridade e a fuga do pecado sejam as características famosas de José, eu curto muito mais essa visão da ação de Deus... E você? Consegue ver Deus agindo na sua vida, inclusive nos momentos difíceis?

E para provar que o que dizia era real e que não havia sentimentos ruins no seu coração, José fez questão de beijar e abraçar cada um dos seus irmãos (14-15).

Ser bom funcionário te dá crédito com o chefe

A notícia da vinda dos irmãos de José correu o Egito até o palácio do rei, e tanto o Faraó como todos os servidores públicos ficaram felizes!!! Além disso, o rei mandou que José enviasse carros, mantimentos e tudo o que havia do bom e do melhor à Canaã, para que seus irmãos pudessem trazer para morar no Egito suas esposas, filhos, gado e, claro, seu pai Jacó (16-23). Dá para acreditar nisso? O rei da superpotência mundial da época, ficar feliz pela família de um estrangeiro??? Dar o “green card” para 70 pessoas da mesma família (Gênesis 46:27), sem nem ao menos conhecer essa muvuca toda?

É que precisamos levar em consideração algo que eu chamo de “O Fator Produtividade”. José foi tão produtivo e trouxe tantas soluções para o Faraó... acredito que, durante o governo de José, o rei do Egito “tirou férias”!!! O soberano foi tão abençoado pelo excelente trabalho de José que qualquer recompensa ainda seria pouca para pagar todo o bem que o hebreu fizera ao povo egípcio, salvando-o da morte por inanição. Pense nisso! Ainda que seu trabalho seja penoso, ou que você se sinta preso nele (José trabalhou na cadeia!!!), dê o seu melhor! Você, com a graça de Deus, vai conquistar a boa-vontade da chefia. Ganhe créditos no seu ambiente de trabalho através da produtividade, e não do puxa-saquismo. E quando você mais precisar, não vai ficar na mão... #ficaadica


Um conselho importante
 
José, melhor do que ninguém, sabia do que seus irmãos eram capazes. Para que nenhuma outra desgraça acontecesse na família, deu um conselho interessante, no verso 24: “Não vão brigar pelo caminho, heim!?!” Imagine só, um irmão mais novo, que foi o caçula por algum tempo, aconselhando como pai um bando de marmanjo velho barbudo... 

Será que esse versículo foi só pros 11 filhos de Jacó??? Acho que é um conselho também para você, que tem irmãos... Eu tenho um irmão mais novo, que já casou (é, fui vítima da síndrome dos primogênitos). A gente brigou muito quando era moleque... hoje eu me sinto muito mal por isso, porque eu fui perverso, às vezes. Claro que, depois de velhos (!!!), só temos batalhas no videogame. Só quero deixar o conselho de José para vocês, irmãos... “Não briguem pelo caminho!” A vida é curta demais, o tempo passa rápido demais (Gênesis 47:9). Não vale a pena se estressar com seu irmão à toa! Se liga nesse conselho do José!

O primeiro Êxodo
Leia: Gênesis 46, 47

José teve um treco quando soube que seu amado filho José estava vivo (Gênesis 45:25-28) e nem contou conversa: juntou os trapos e partiu para o Egito. Antes, deu um “pit-stop” em Berseba, para agradecer a Deus. Lá, recebeu encorajamento do Senhor e a renovação da aliança (46:1-4).

Ao serem recebidos pelo próprio Faraó, José e cinco de seus irmãos disseram sua profissão – pastores de ovelhas – que era uma atividade considerada desprezível pelos egípcios (46:34). Ficaram na melhor terra de pastagens de todo o Egito, a região de Gósen (47:11-12), onde se instalaram confortavelmente e recebiam mantimentos.


Interessante ler de novo a conversa entre Jacó e o rei do Egito (47:7-10). Jacó disse que sua vida passou muito rápido (130 anos!!!) e que ele já não era mais tão forte quanto seus antepassados eram na mesma idade. Creio que isso é uma confirmação do verso 3 do capítulo 6 de Gênesis, quando Deus diz que a humanidade passaria a viver cada vez menos. Legal observar também que, apesar de estar falando com o rei da nação mais poderosa da terra, Jacó o abençoou 2 vezes!

Do site pesquisabiblica.org
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Visão de futuro

Com a lei instituída por José, no versículo 26 do capítulo 47, ele sacramentou sua habilidade como administrador. Deixou uma espécie de imposto para garantir que não haveria mais falta de comida no Egito. Assim, tanto nos tempos de fartura como nos tempos de escassez haveria estoque suficiente de alimentos.

Observe que o “bolsa-trigo” de José não era gratuito. Ainda que, decerto, haveria um preço camarada para quem era egípcio, o governador não dispensava pagamento. Controlando os suprimentos, José evitava que algum nobre ou comerciante ganhasse dinheiro monopolizando alimentos. Apenas o governo central tinha autorização para negociar mantimento durante os sete anos de seca. Quando o dinheiro acabou e o gado também, as terras e o próprio povo foi usado como moeda de troca. Pode parecer um pouco arbitrário, mas, para a época, era a lógica. Desta forma, José garantiu a fidelidade do povo (47:13-24). E veja o que o povo falou a respeito de José, no verso 25 do capítulo 47!

Um pedido e uma promessa

Jacó, pela fé, sabia que a permanência dos israelitas no Egito seria temporária. Por isso pediu a seu filho José que não o enterrasse naquela terra estrangeira, mas que sepultasse seu corpo na sepultura dos pais, em Macpela. E José prometeu que faria isso (47:27-31).