São tantas emoções...
Leia: Gênesis 45
José não se
conteve. Após um bom tempo fazendo teatrinho e disciplinando os irmãos, ele
finalmente revelou sua verdadeira identidade. E chorou tão emocionado, que todo
o Egito ficou sabendo (1-4).
Em nenhuma
passagem, a Bíblia mostra que José tenha ficado magoado ou com raiva dos irmãos
pelo que fizeram com ele. Mas eu acho que, somente com o tempo, José entendeu
realmente a razão para todo aquele sofrimento. E vale muito a pena transcrever
aqui o verso 5: "Agora não fiquem tristes nem aborrecidos
com vocês mesmos por terem me vendido a fim de ser trazido para cá. Foi para
salvar vidas que Deus me enviou na frente de vocês." José não só
já havia perdoado completamente seus irmãos, como se preocupava com o bem-estar
deles, inclusive tirando o peso da consciência e livrando-os da culpa pela
maldade de anos atrás (7-8)! José se tornou um especialista em enxergar a mão
de Deus em tudo o que acontecia com ele. Das grandes qualidades de José, essa é
a minha preferida! Assim como a fé de Abraão é a mais celebrada, mas eu gosto
mais da sua humildade; ainda que a integridade e a fuga do pecado sejam as
características famosas de José, eu curto muito mais essa visão da ação de
Deus... E você? Consegue ver Deus agindo na sua vida, inclusive nos momentos
difíceis?
E para provar
que o que dizia era real e que não havia sentimentos ruins no seu coração, José
fez questão de beijar e abraçar cada um dos seus irmãos (14-15).
A notícia da
vinda dos irmãos de José correu o Egito até o palácio do rei, e tanto o Faraó
como todos os servidores públicos ficaram felizes!!! Além disso, o rei mandou
que José enviasse carros, mantimentos e tudo o que havia do bom e do melhor à
Canaã, para que seus irmãos pudessem trazer para morar no Egito suas esposas,
filhos, gado e, claro, seu pai Jacó (16-23). Dá para acreditar nisso? O rei da
superpotência mundial da época, ficar feliz pela família de um estrangeiro???
Dar o “green card” para 70 pessoas da mesma família (Gênesis 46:27), sem nem ao
menos conhecer essa muvuca toda?
É que
precisamos levar em consideração algo que eu chamo de “O Fator Produtividade”.
José foi tão produtivo e trouxe tantas soluções para o Faraó... acredito que,
durante o governo de José, o rei do Egito “tirou férias”!!! O soberano foi tão abençoado
pelo excelente trabalho de José que qualquer recompensa ainda seria pouca para
pagar todo o bem que o hebreu fizera ao povo egípcio, salvando-o da morte por
inanição. Pense nisso! Ainda que seu trabalho seja penoso, ou que você se sinta
preso nele (José trabalhou na cadeia!!!), dê o seu melhor! Você, com a graça de
Deus, vai conquistar a boa-vontade da chefia. Ganhe créditos no seu ambiente de
trabalho através da produtividade, e não do puxa-saquismo. E quando você mais
precisar, não vai ficar na mão... #ficaadica
José, melhor
do que ninguém, sabia do que seus irmãos eram capazes. Para que nenhuma outra
desgraça acontecesse na família, deu um conselho interessante, no verso 24: “Não
vão brigar pelo caminho, heim!?!” Imagine só, um irmão mais novo, que foi o
caçula por algum tempo, aconselhando como pai um bando de marmanjo velho
barbudo...
Será que esse versículo foi só pros 11 filhos de Jacó??? Acho que é um conselho também para você, que tem irmãos... Eu tenho um irmão mais
novo, que já casou (é, fui vítima da síndrome dos primogênitos). A gente brigou
muito quando era moleque... hoje eu me sinto muito mal por isso, porque eu fui
perverso, às vezes. Claro que, depois de velhos (!!!), só temos batalhas no
videogame. Só quero deixar o conselho de José para vocês, irmãos... “Não
briguem pelo caminho!” A vida é curta demais, o tempo passa rápido demais
(Gênesis 47:9). Não vale a pena se estressar com seu irmão à toa! Se liga nesse
conselho do José!
O
primeiro Êxodo
Leia: Gênesis 46, 47
José teve um
treco quando soube que seu amado filho José estava vivo (Gênesis 45:25-28) e
nem contou conversa: juntou os trapos e partiu para o Egito. Antes, deu um “pit-stop”
em Berseba, para agradecer a Deus. Lá, recebeu encorajamento do Senhor e a
renovação da aliança (46:1-4).
Ao serem
recebidos pelo próprio Faraó, José e cinco de seus irmãos disseram sua
profissão – pastores de ovelhas – que era uma atividade considerada desprezível
pelos egípcios (46:34). Ficaram na melhor terra de pastagens de todo o Egito, a
região de Gósen (47:11-12), onde se instalaram confortavelmente e recebiam
mantimentos.
Do site pesquisabiblica.org |
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também:
Visão
de futuro
Com a lei instituída
por José, no versículo 26 do capítulo 47, ele sacramentou sua habilidade como
administrador. Deixou uma espécie de imposto para garantir que não haveria mais
falta de comida no Egito. Assim, tanto nos tempos de fartura como nos tempos de
escassez haveria estoque suficiente de alimentos.
Observe que o
“bolsa-trigo” de José não era gratuito. Ainda que, decerto, haveria um preço
camarada para quem era egípcio, o governador não dispensava pagamento. Controlando
os suprimentos, José evitava que algum nobre ou comerciante ganhasse dinheiro
monopolizando alimentos. Apenas o governo central tinha autorização para negociar
mantimento durante os sete anos de seca. Quando o dinheiro acabou e o gado
também, as terras e o próprio povo foi usado como moeda de troca. Pode parecer
um pouco arbitrário, mas, para a época, era a lógica. Desta forma, José
garantiu a fidelidade do povo (47:13-24). E veja o que o povo falou a respeito
de José, no verso 25 do capítulo 47!
Um
pedido e uma promessa
Jacó, pela
fé, sabia que a permanência dos israelitas no Egito seria temporária. Por isso
pediu a seu filho José que não o enterrasse naquela terra estrangeira, mas que sepultasse
seu corpo na sepultura dos pais, em Macpela. E José prometeu que faria isso
(47:27-31).
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